E se ele sente orgulho do que construiu até aqui? "Sim, muito. Mas não por vaidade. É pelo impacto. Cada mensagem de agradecimento que recebo. Cada familiar que escreve dizendo que passou a entender melhor a ELA. Cada paciente que se sentiu representado. Tudo isso me confirma que estou no caminho certo. Eu sei que estou fazendo um belo trabalho."
Então, se eu puder dizer algo, diria: sinta o que você tiver que sentir. Não se culpe por isso. Seja egoísta, se precisar. Priorize você. E, acima de tudo, lembre-se de dar sempre um passo à frente. Mesmo que seja pequeno. A adaptação dói, mas é necessária. E quanto antes você aceita, mais dignidade você preserva.
Atenção!! O exame de punção lombar para a coleta do líquor não é obrigatório sempre!! Em alguns casos, o médico solicita esse exame para verificar se há a presença de bandas oligoclonais, um marcador que reforça a suspeita de Esclerose Múltipla. A presença das bandas não é uma certeza de 100% de que seja EM e a ausência de bandas não descarta 100% a EM também.
"O diagnóstico precisa ser dado com responsabilidade. No mesmo instante, o paciente precisa receber orientação clara sobre o que é possível fazer, quem procurar e por onde começar."
"Foi um grande choque. Eu nem sabia o que era essa doença. O nome me parecia algo distante, quase irrelevante. Descobri, da forma mais difícil, que era tudo menos isso."
"Ela me devolve liberdade. O que seria de mim sem ela? Estar sentada não significa estar parada. Significa seguir, de outro jeito."
"Agradeço imensamente por poder compartilhar um pouco da minha trajetória aqui. Que ela sirva como um sopro de coragem, e que sigamos todos de mãos dadas, acreditando que, apesar de tudo, a vida vale e muito ser vivida."
"Estou com ELA há 17 anos, 15 sem movimentos, 13 com traqueostomia. Trabalho, namoro, faço palestras e tenho um blog."
"Quando cheguei em casa e pesquisei sobre a doença, tudo que encontrei era muito negativo. Expectativa de vida de dois a cinco anos, dificuldades respiratórias, ausência total de comunicação. Chorei diversas vezes. Mas, na manhã seguinte, fui à academia. As lágrimas escorriam junto com o suor. E ali mesmo eu decidi: iria buscar todo tipo de tratamento e aproveitar a vida enquanto pudesse."
"Com a perda gradual de força muscular, queria fazer atividades que logo deixariam de ser possíveis. Fiz muitas viagens. Revivi experiências. Fui sentindo a vida mudar."
"Passei a viver o presente. Aprendi a conviver com as limitações e ser feliz assim. Acredito que esse seja o segredo. Não penso nas coisas que deixei de fazer, mas nas novas que posso realizar."
"Muita gente dizia que eu devia escrever um livro sobre minha vida. Só aceitei quando conheci a Gisele. Escrevi os relatos e ela transformou em literatura. Assim nasceu 'Movido pela Mente'. E eu peguei gosto pela escrita."
"Sem tecnologia, eu não estaria vivo. O ventilador faz a função dos pulmões. A cadeira motorizada são minhas pernas. O leitor óptico funciona como os dedos. E o software de voz é minha fala."
"Quando a cidade nos exclui, a deficiência não está na pessoa. Está na má gestão pública."
"Com adaptações, flexibilidade e capacitação, as empresas ganham. A diversidade de experiências e visões gera inovação. Mas é preciso mudar a lógica: valorizar competências, não apontar limitações."
"Um amigo deu ao filho o nome de Henrique, em minha homenagem. Outro me convidou para ser padrinho. Minha namorada Sol, hoje, é uma das minhas maiores inspirações."
"O cotidiano com a Sol não é idealizado. Temos dificuldades, como qualquer casal. Mas também temos planos, desejos e uma história linda. Ela é sensível, prática, divertida e muito amorosa. Como parte do que me mantém vivo."
"Sinto-me realizado. Fiz coisas que muita gente sem limitações não fez. E quero continuar, por muitos anos, com a mente ativa e produtiva."
"Não desista. Com força de vontade e uma rede de apoio, é possível superar obstáculos, realizar sonhos e impactar o mundo."
"Ainda existe um tempo de latência grande entre os primeiros sintomas e o diagnóstico", afirmou. "Em geral, esse tempo gira entre 9 meses e 1 ano e meio, o que pode fazer diferença importante para o acompanhamento e planejamento de vida."
"João casou com Maria / como manda o figurino…"
"O que é, afinal, ser capaz?"
"Não são as pessoas que são deficientes. São os espaços, as cidades, as estruturas. Elas é que são deficientes."
Para Dallaserra, reabilitação não é só devolver movimento é devolver dignidade, autonomia e alegria de viver. "Diagnóstico não é sentença. A gente precisa ajudar o paciente a reencontrar felicidade mesmo com limitações. Porque a vida continua. E merece ser vivida com intensidade."
"Não existe vazio no plano espiritual. Ou você está preenchido de coragem ou de medo. De confiança ou de insegurança." Ângelo Monesi
"A pessoa diagnosticada com uma condição crônica ou progressiva começa uma coleção de perdas. E toda perda exige luto." Ângelo Monesi
"Não existe separação sem gratidão."
"A doença pode limitar meu corpo, mas não pode aprisionar minha mente, minha voz ou meu propósito. Na verdade, ela me deu uma clareza que eu nunca tive antes sobre o que realmente importa." - Carlos Faria
Acreditamos que informação qualificada é uma forma de cuidado. Que visibilidade é um passo para políticas públicas mais justas. Que compartilhar histórias reais é um antídoto contra o isolamento que tantas vezes acompanha diagnósticos raros.